Lílian Maial

Basta existir para ser completo - Fernando Pessoa

Meu Diário
02/01/2008 16h06
SEGUNDO DIA DO ANO...


Estava eu escrevendo uma crônica sobre iniciar o ano de bom astral, extraindo as ervas daninhas do jardim, para que ele pudesse voltar a florescer em toda a sua plenitude, quando o editor de textos falhou e eu perdi uma página inteira de divagações. Tanto melhor, talvez não fosse mesmo para eu expressar o que me ia no coração, sei lá! 

Falava sobre as pessoas que destilam maldades desde o primeiro até o último dia do ano, das pessoas sem luz própria, que necessitam apagar o brilho das outras, sobre umbigos, peçonha, narcisismo e um grau de homossexualismo (de tanto que se cultuam). 

Já havia escrito algo nesse sentido, quando do lançamento do livro de uma amiga, há quase um ano. E eis que me vejo eu, agora, vítima desse tipinho de gente.

Só sei que decidi não escrever mais sobre a pobreza de espírito da humanidade, e deixar que esse acaso (?) de ver meu texto todo apagado falasse mais alto, como um sinal para deixar pra lá.

É assim: quanto mais tempo se perde tentando identificar e eliminar as ervas daninhas, menos tempo se tem para apreciar a beleza e a fragrância gratuita das flores.

E vivam as margaridas, rosas, alamandas, hibiscos, gloxínias, gerânios e azaléias, e todas as flores do mundo, que perfumam até mesmo o fio do machado que as extirpa.

Feliz 2008!


Publicado por Lílian Maial em 02/01/2008 às 16h06



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